Colelitíase / Colecistolitíase (pedra na vesícula)

O que é colelitíase?

É a presença de cálculo(s) no interior da vesícula biliar. Podem ser de colesterol (70%) ou pigmentares (30%).

Vesícula biliar, que órgão é este?

A vesícula biliar é um órgão pequeno, em forma de pêra, localizado embaixo do fígado, na parte superior direita do abdome. Sua principal finalidade é armazenar a bile, utilizada pelo organismo para realizar a digestão de gorduras.

Como surgem os cálculos?

A formação dos cálculos de colesterol está relacionada a um desequilíbrio entre a quantidade de substâncias presentes na bile (sais biliares, pigmentos biliares, colesterol e fosfolipídeos). Também tem relação com o papel da vesícula biliar e do muco. A formação dos cálculos pigmentares tem relação com hemólise (destruição de hemácias).

Quais são os sintomas?

A maioria dos pacientes é assintomática (80-85%). Os sintomáticos apresentam dor no abdome localizada a direita, logo abaixo das costelas. Também pode ocorrer desconforto abdominal, intolerância a alimentos gordurosos, flatulência, eructações e dispepsias.

Como é feito o diagnóstico?

A ultra-sonografia é o melhor exame para avaliar a litíase biliar.

Quais são as complicações da colelitíase?

A presença de cálculos no interior da vesícula pode ocasionar inflamação da vesícula (colecistite aguda), pancreatite, coledocolitíase, colangite e câncer de vesícula.

Como é realizado o tratamento?

A colecistectomia (cirurgia) é o procedimento de escolha. Tratamentos alternativos como o uso de ácidos biliares via oral, dissolução com solventes orgânicos ou litotripisia apresentam um elevado índice de falha e estão associados a uma taxa proibitiva de recorrência de cálculos.

Quem tem indicação de operar?

Todos os pacientes sintomáticos tem indicação de cirurgia. Os pacientes assintomáticos devem ser particularizados em relação à idade, doenças pré-existentes e desejo do paciente.

A colecistectomia laparoscópica é a remoção da vesícula biliar através de pequenos cortes onde se introduzem instrumentos, pinças e a câmera. Não é necessário você ter a vesícula biliar para continuar com boa saúde. Depois da remoção da vesícula biliar, o ducto biliar (“colédoco”) passa a desempenhar essa função.7

Existe alguma complicação da cirurgia?

A colecistectomia é um procedimento seguro com taxa de mortalidade próxima a zero e morbidade inferior a 3%. Às vezes é preciso que o cirurgião converta esse procedimento em operação aberta (com o corte) a fim de remover todas as pedras ou tratar alguma intercorrência (sangramento, aderências ou lesão de outros órgãos). A maioria dos pacientes não tem complicações e rapidamente voltam às suas atividades normais. No entanto, deve-se ficar atento à hemorragia e infecção.

Como é o Pós-operatório?

Após a cirurgia cada paciente deve seguir as recomendações que lhe foram fornecidas especificamente para seu caso. A dieta deve ser leve, com base em alimentos cozidos e refeições fracionadas. Evite alimentos gordurosos nos primeiros três meses. Após este período ocorrerá uma adaptação parcial a ingestão de gorduras. A dor pós-operátória é de pequena intensidade. Os curativos podem ser feitos se houver saída de secreção. Evite exposição solar sobre a ferida operatória no período de 180 dias.

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Dr. Edimar Leandro Toderke

Cirurgião Aparelho Digestivo

Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR-PR). Residência Médica em Cirurgia Geral pelo Hospital Municipal de Ipanema / Rio de Janeiro – RJ. Residência em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR). Mestre em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR).

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